A PERSPECTIVA DISCURSIVO TEXTUAL

A PERSPECTIVA DISCURSIVO-TEXTUAL

O texto

Os estudos que deram realce à noção de textualidade foram muito importantes. Na segunda metade da década de 60, os estudos sobre o texto tinham como objetivo básico refletir sobre os mecanismos gramaticais que dão suporte ao texto. A gramática passou a ser vista não mais como um fim em si mesma, mas como um suporte para a estruturação textual.

Já na década de 80, houve um avanço nas análises a respeito da coerência textual e a perspectiva pragmática começou aos poucos a fazer parte desses estudos. Os linguistas começaram a perceber que o texto deveria ir além de uma abordagem sintático-semântica e considerar como fator básico da compreensão textual a relação autor-texto-leitor. A discursivização concretizada nos textos por meio da linguagem é, na realidade, um processo de reconstrução interacional.

Mas o que é um texto?

Todo discurso concretiza-se em um texto, que são as manifestações linguísticas produzidas por indivíduos concretos em situações concretas e sob determinadas condições de produção. O texto geralmente trata-se de sequências maiores que a frase, uma vez que nós não falamos frases soltas, mas, sim, uma sequência delas que nos remetem a um todo significativo.

Desta forma, podemos ter textos:
ORAIS: uma conversa, uma palestra etc.
NÃO-VERBAIS: uma pintura, um gesto etc...
ESCRITOS: que podem se constituir de um pequeno texto ou de um livro inteiro. O texto é, portanto, a concretização do discurso, é uma unidade de linguagem em uso. Isto é, uma ocorrência linguística para ser texto precisa ser percebida pelo leitor como um todo significativo, ter coerência.

O DISCURSO

Interação Produção