A percepção das mães atendidas no psf padre palhano sobre a puericultura realizada pelas enfermeiras

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12 1 INTRODUÇÃO A prática em relação à saúde da criança vem mudando. Além do desenvolvimento tecnológico e da crescente especialização do conhecimento científico, o cenário em que se insere a atividade dos profissionais da saúde é completamente diferente daquele de algumas décadas passadas. O processo de construção do Sistema Único de Saúde (SUS) e as novas formas de financiamento da prática de saúde definiram para esses profissionais, novas relações de trabalho e padrões de exercício da Medicina (SUCUPIRA et al, 2000). Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância - UNICEF (2001), no Brasil, o desafio de garantir a proteção e o desenvolvimento da criança em seus primeiros seis anos de vida é basicamente uma tarefa de informar e apoiar as famílias para que estejam aptas a cuidar de suas crianças e de garantir qualidade de vida nos serviços públicos destinados às crianças e às famílias. Para Figueiredo (2005), dentre as estratégias adotadas pelo Ministério da Saúde está a intensificação e a priorização das ações básicas de saúde de alto custo-efetividade. Tais ações receberam o nome de “Ações Básicas na Assistência Integral à Saúde da Criança” e envolve acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, aleitamento materno e orientação para o desmame, controle de doenças diarréicas, controle de infecções respiratórias agudas e controle de doenças que se podem prevenir por imunização. Realizar as políticas do desenvolvimento infantil não é exatamente o mais caro dos investimentos públicos possíveis. Os projetos destacados no Brasil e em outros países mostram que é viável realizar boas políticas por meio de projetos simples e comunitários. Famílias e comunidades devem ser deixadas a cargo das ações de desenvolvimento infantil, mas isso, de nenhuma maneira pode significar que sejam deixadas sozinhas. Famílias e comunidades necessitam de apoio, principalmente nas formas de políticas públicas voltadas para os cuidados da criança na primeira infância (UNICEF, 2001). As

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