A origem e a análise da justiça na visão de Nietzsche

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A origem e a análise da justiça na visão de Nietzsche
Tratando sobre o tema da definição do sentido teleológico de todo o arcabouço jurídico, neste tópico tentaremos conceituar e analisar o valor Justiça na visão do filósofo do niilismo, é certo que Nietzsche em sua obra Além do bem e do mal, nos faz conflitar nossas concepções mais solidificadas a respeito dos valores que permeiam a sociedade, o trabalho do autor se baseia principalmente em tentar conflitar e buscar a verdadeira origem dos valores morais, buscaremos aqui mostrar a origem e o sentido teleológico do valor justiça na visão de Nietzsche.
Em sua obra Humano Demasiado Humano, somos apresentados à origem da justiça segundo a visão Nietzscheniana: “A justiça (equidade) tem sua origem entre homens pouco ou mais ou menos igualmente poderosos, como bem entendeu Tucídices * (no chocante diálogo entre os legados atenienses e os mélicos); onde não há um poder claramente reconhecido como predominante e onde um combate só redundaria em prejuízos recíprocos sem resultado, surge a idéia de dialogar e negociar sobre as reivindicações de ambas as partes: o caráter de troca é o caráter inicial da justiça. Cada um satisfaz o outro, na medida em que cada um recebe aquilo que ele avalia mais que o outro. Dá-se a cada um o que ele quer ter como coisa sua, em compensação recebe-se o que deseja. A justiça é, portanto, retribuição e permuta na hipótese de um poder mais ou menos igual: é assim que na origem a vingança pertence ao domínio da justiça, ela é uma permuta. De igual modo, a gratidão.”1
Ao conceituar o caráter inicial da justiça como permuta, Nietzsche nos leva aos primórdios da justiça, onde não havia um poder propriamente estabelecido e os homens de mesmo poder, acharem ser mais benéfico dialogar e buscar uma solução que causasse o menor prejuízo entre as partes, assim nasce a justiça, homens satisfazendo as suas vontades mutuamente de forma que ocorram menos danos, mas o que diferencia a

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