A metaf sica do corpo e o devir corporal

"mito da caverna".
Platão imagina uma caverna onde estão acorrentados os homens desde a infância, de tal forma que, não podendo se voltar para a entrada, apenas enxergam o fundo da caverna. Aí são projetadas as sombras das coisas que passam às suas costas, onde há uma fogueira. Se um desses homens conseguisse se soltar das correntes para contemplar à luz do dia os verdadeiros objetos, quando regressasse, relatando o que viu aos seus antigos companheiros, esses o tomariam por louco, não acreditando em suas palavras.

A metafísica do corpo e o devir corporal

A problematização do homem somente toma um sentido autentico a partir do pensamento ocidental sobre a sua concretude.
Baseada na tradição platônico-aristotélica a metafisica fez do ser o seu objeto fundamental.
O pensamento sobre o ser, considerado como ideia, numa realidade transcendente, imutável e eterna, excluindo o concreto, o transitório e o finito. Assim sua atividade nunca é pensada como concretude, mas numa realidade transcendente.
Nesta perspectiva as dimensões do real não foram pensadas ou foram esquecidas, entre elas estão a vida, a história, a existência humana, o corpo, a palavra e o irracional, enfim tudo que é preso à finitude.
Na visão transcendente, o pensamento metafisico situa a problemáticas, ao longo de sua evolução, a redução da corporeidade essencialmente à união entre o corpo e a alma, ficando a atividade sensível do homem foi considerada apenas ao pensamento abstrato, ficando a corporeidade enfocada no sistema filosófico coerentemente construído, onde a ideia de ser e a transcendência tinham primazia.
Valorizando o logos em detrimento do physis, deixando distante a realidade concreta em que o homem vive com seu corpo.
A problemática do homem, no pensamento filosófico, oscila entre dois polos: o corpo e a alma, o conhecimento sensível e o conhecimento inteligível, o mundo da matéria e o mundo do espirito, a vida terrena e a vida ultra terrena.
O problema das transformações dos seres