A internet e os conflitos no oriente médio
Desde janeiro deste ano o mundo vem assistindo a diversas manifestações contra ditadores no Oriente Médio. Essa onda de revoltas teve início na Tunísia que resultou na derrubada do presidente Ben Ali. Logo, diversos outros países aderiram ao movimento e, alguns, alcançaram o ideal proposto pelos manifestantes, foi o caso do Egito. Mas as revoluções no mundo árabe não teriam sido as mesmas há aproximadamente 30 anos atrás. Dessa vez os revolucionários contaram com uma arma importante e democrática, a internet.
O twitter o facebook e o youtube foram importantes nas revoltas contra o ditador Hosni Mubarak no Egito. Por meio desses sites os ciberativistas, além de trocarem informações sobre as manifestações, puderam expor ao mundo, sem censura a violenta opressão do governo sobre os manifestantes. Ao contrário da imprensa local que na verdade escondia os fatos. Com isso foi apenas uma questão de tempo para que o presidente egípcio deixasse o poder, ou seja, o papel das redes sociais foi fundamental para que as revoltas se espalhassem e se consolidassem. Seria praticamente impossível um cenário semelhante sem a velocidade, o alcance da internet e seu poder de mobilização e de garantir o acesso de informações.
A internet por si só já é democrática, nela podemos expressar nossas opiniões sobre qualquer assunto. Mas como utilizar as tecnologias para garantir a democracia em determinado país e ajudar no combate a governos tiranos? Algumas providências devem ser tomadas, como por exemplo: promover a aproximação da gestão pública dos cidadãos por meio das tecnologias; promover políticas de inclusão digital e compreender a rede e seu acesso como um novo direito humano.
Ou seja, as revoltas no Egito apenas mostram que as tecnologias libertárias, apropriadas pelas pessoas e pelas redes transformam a forma de se fazer