A Interfer Ncia Do C Digo Nas Cores

740 palavras 3 páginas
A interferência do código nas cores

Seguindo a escola da Semiótica da Cultura, entenderemos, em uma dimensão pragmática, a cor como informação atualizada do signo, ou seja, um objeto produzido por um emissor, recebido e interpretado por um receptor.
Um sobrevivente náufrago talvez tenha uma relação traumática com o mar e com a cor verde, sendo o verde signo de mar. E o verde não será para ele cor da esperança, mas do desespero. Da mesma forma, uma experiência traumática com crimes de sangue fará do vermelho uma cor terrível, assim como lembranças de infância, podem vincular o vermelho àquela saborosa geleia de amora da avó. E o vermelho não será mais uma cor agressiva. Essa capacidade de significar, no entanto, são casos isolados assim como são os casos de percepção daltônica. A percepção consciente da cor é modificada pelas emoções e sentimentos quando os impulsos das áreas visuais para o sistema límbico e do sistema límbico de volta para o córtex cerebral. É aqui que encontramos as variantes dos códigos primários da percepção das cores, pois, as projeções dos estímulos cromáticos para a área pré-frontal, hipotálamo e sistema límbico completam a percepção consciente e emocional da cor e, desta forma, um mesmo estímulo é interpretado de maneira variada por diferentes pessoas. Quando um vermelho manifesta amor e quando manifesta crime, sem a informação complementar? Se o vermelho é levemente escurecido, torna-se mais negativo enquanto que levemente clareado torna-se mais positivo. Da mesma forma, ocorre com as outras cores: o azul escurecido torna-se mais sombra, aproxima-se das trevas, enquanto o azul clareado torna-se mais luminoso e remete à água; o amarelo clareado é mais luminoso e remete diretamente à luz, ao sol e ao fruto maduro, enquanto o amarelo escurecido remete às ideias de palidez, doença, etc. Escurecer ou clarear uma cor, ou seja, manipular a sua luminosidade, são alterações intrínsecas à própria cor. Desta forma, podemos dizer que podemos

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