A inflação: nosso antigo-novo pesadelo

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A inflação: nosso antigo-novo pesadelo

A queda na avaliação do governo da presidente Dilma Rousseff foi manchete de todos os jornais brasileiros nas últimas semanas. As pesquisas CNI/Ibope apontam que o principal motivo para a desaprovação é o aumento da inflação, que chegou praticamente no limite superior do intervalo de tolerância da meta definida pelo governo, que é 6,5%. Para um povo que passou grande parte da sua vida assombrado pela inflação e lutou décadas pela estabilidade de preços, não é de se espantar que o tema tenha tamanha influência na popularidade da presidente. O preocupante, no entanto, não é degradação da imagem do governo, mas sim o efeito trágico que a inflação tem sob a toda a cadeia produtiva, sob o consumo e, consequentemente, sob a economia brasileira. Sendo assim, é preciso agir rápido. As vendas do comércio, que impulsionaram a economia em 2012, já não avançam no mesmo ritmo. A exemplo disso, tivemos em abril o pior índice de crescimento do comércio da última década, segundo dados do IBGE. Além disso, chamou atenção o pífio aumento de 0,1% do consumo das famílias, pior desempenho desde o terceiro trimestre de 2011. Também pelo lado das dívidas, as perspectivas de demanda não são promissoras. O indicador de endividamento em relação à renda acumulada no último ano atingiu 44% em março, o maior nível desde 2005. Outras estatísticas mais recentes também apontam para o aumento considerável do número de consumidores que possui parte do orçamento comprometido. Nesse contexto, com menos renda disponível e mais dívidas para pagar, o ímpeto de consumo seguirá reduzido.
Embora a equipe econômica insista em culpar o cenário externo pela frustrante performance macroeconômica do país, esse é apenas mais um agravante. A origem dos desequilíbrios está sobretudo no modelo de desenvolvimento adotado no país desde o governo Lula e mantido durante a gestão de sua sucessora. Esse modelo baseia-se em políticas de redistribuição de renda

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