A Imparcialidade N O Existe

328 palavras 2 páginas
A imparcialidade não existe. Seja por meio da escolha de palavras, da diagramação da página ou de outro qualquer recurso usado – consciente ou inconscientemente –, o posicionamento do autor sempre é passado. Às vezes de forma tão mínima que é difícil notar que está lá, às vezes de forma brusca e com propósito de manipular o leitor. Seja como for, está sempre presente. Sabendo nisso, nada mais justo que apresentar ao interlocutor o ponto de vista fundamental da produção. É mais fácil para ambos os lados. O autor não precisa buscar subterfúgios para esconder suas crenças e quem consome o produto não vai ter a falsa ideia de que aquilo é imparcial. Por isso o texto, publicado no blog Outrofobia – um dos vários presentes no Portal FORUM -, é uma demonstração da forma mais justa de fazer jornalismo. Num período tão intenso quanto as eleições, é antiético esconder o posicionamento político por trás acusações, dados mentirosos e palavras dúbias. Para um eleitor que não se decidiu, é muito mais fácil saber que o jornal X e a revista Y votarão em candidatos diferentes e procurar os argumentos de cada um. É mais prático e correto que ele tenha acesso aos dois pontos de vistas para que, enfim, decida. O portal de onde o texto foi retirado tem o hábito de deixar sua posição bem definida, sem esquecer de tomar cuidado para que o profissionalismo da equipe não seja comprometido. No texto em questão, o jornalista diz que partido apoia e apresenta seus motivos, não deixando, no entanto, de reconhecer algumas falhas. É fundamental não confundir a transparência proposta com um parcialismo sensacionalista. Apesar de manter sua posição, o profissional tem que reconhecer – e deixar isso claro em seu trabalho – que ela não é a única existente, nem uma verdade absoluta. Esconder informações que se contraponham a sua ideologia invés de refutá-las é inadmissível. No entanto, se nem mesmo o voto nulo é imparcial, não há como o jornalista ser.

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