A GERÊNCIA NA ERA DO CAPITAL MONOPOLISTA
Junio Sena1
BRAVERMAN, Harry.Trabalho e Capital Monopolista: a degradação do trabalho no século
XX. 3 ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1974. cap. 2, 3, 4, 5.
Nos capítulos citados a cima Braverman traz conceitos importantíssimos sobre a fase da “gerência científica” de Taylor. Para tal, o autor inicia narrando o contexto histórico. Tal contexto aponta o surgimento da era do capitalismo, o impacto deste fenômeno na sociedade e por conseqüência na organização do trabalho. Nesta fase da era “Taylor”, nasce a discussão acerca da forma de gerir as atividades, bem como o trabalho realizado para se estabelecer tal atividade como “ciência administrativa”.
Além das fontes bibliográficas sobre o trabalho de Taylor, Braverman lançou mão de valiosos testemunhos prestados por Taylor e extraídos dos registros de uma Comissão
Especial da Câmara de Representantes dos Estados Unidos.
O autor nos mostra que no início da fase capitalista a nova organização do trabalho continuava a desenvolver seus processos basicamente da mesma forma como até então fazia.
O seja, por meio das artes tradicionais. A forma de condução das atividades gerou a necessidade de se estabelecer funções gerenciais, ainda que rudimentares. Esta gerencia começou a ser desenvolvida pelos capitalistas, que precisavam a todo custo aumentar o capital. O autor nos mostra que a primeira crítica feita frente ao momento da nova organização, foi que o capitalismo mercantil encarava o trabalho como mercadoria, mas não consegui ou mesmo via necessidade de compreender os processos aos quais todas as atividades estão ligadas. Este cenário histórico marca a alternância do controle do trabalho, antes dos “mestres artesãos”, agora dos empregadores capitalistas.
A base da forma de se trabalhar a nova gerência foi por meio da divisão do trabalho.
Braverman explica que a divisão do trabalho no cenário da época tinha como premissa o parcelamento dos processos