A formação do leitor crítico

FORMAÇÃO DO LEITOR CRÍTICO A PARTIR DA LEITURA DO
TEXTO LITERÁRIO
Jerônimo Rocha Neto
Universidade Potiguar [e-mail] Klebia Seliane Pereira de Souza
Universidade Potiguar
[e-mail]

A justificativa para a permanência da Literatura no Ensino Médio está fundamentada no inciso III, art. 35 da Lei LDBEN nº 9.394/96, que aponta como objetivo o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico. No entanto, como esse objetivo será alcançado se a prática literária nas escolas atualmente não dá subsídio para tal. O que se comprova é o total desinteresse dos alunos pelo texto literário, pois as aulas de literatura são aplicadas com fins históricos, não há leitura dos textos, mas é dado aos estudantes listas de autores, de obras, de características. O texto, quando utilizado e de forma fragmentada, serve apenas como suporte para as análises linguísticas. Diante disso, neste trabalho abordaremos as propostas para as aulas de literatura no Ensino Médio. Essas propostas estão fundamentadas nas Orientações Curriculares para o Ensino Médio e nos textos de Martins (2006), Lajolo (2007) e Cosson (2006). Segundo Umberto
Eco (1989), há dois tipos de leitores: o leitor vítima, que lê um texto para saber “o que” o texto conta, e o leitor crítico, que se pergunta “como” o texto foi elaborado. O papel da escola, segundo as orientações, é formar leitores críticos a partir da leitura de obras literárias. Portanto, as aulas de literatura no Ensino Médio devem fundamentar-se na leitura dos textos literários e não nas atividades de metaleitura. O aluno deve ser estimulado a se apropriar mais profundamente do texto a fim de que se torne mais letrado literariamente.
Palavras-chave: Aulas de literatura. Leitor crítico. Ensino Médio.

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INTRODUÇÃO

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