A evolução da Escrita

A EVOLUÇÃO DA ESCRITA

A criança é também produtora de textos desta tenra idade. Numa criança de classe média, desde pequena habituada a fazer uso de lápis e papéis que encontra em casa, podem-se retratar tentativas claras de escrever – diferenciadas das tentativas de desenhar- desde a época das primeiras garatujas, ou antes ainda (2 anos e meio ou 3 anos).
Entretanto, imitar o ato de escrever é uma coisa, interpretar a escrita produzida é outra. Uma das perguntas importantes a se colocar é a seguinte: a partir de que momento a criança é capaz de interpretar o que escreve? A partir do momento em que deixa de ser um traçado para se converter num objeto substituto numa representação simbólica?
No começa da interpretação da própria escrita a criança pode acompanhar seus desenhos de outros sinais que representam seu próprio nome. Trabalha-se sobre o modelo da escrita de imprensa (grafias separadas), podendo ainda utilizar diversas grafias similares, mas de tal maneira que em todas elas, como conjunto, diz seu próprio nome, mas em cada uma delas tomada separadamente também diz seu nome. A hipótese de que o que escrevem são os nomes logo se generaliza progressivamente aos nomes de objetos.
Pesquisas realizadas com crianças com idade entre 4 e 6 anos apontaram ser possível definir-se cinco sucessivos níveis que serão provisoriamente propostos como níveis ordenados, portanto, sujeitos à retificações e complementos que venham ser propostos futuramente por investigações em curso:
Nível 1- Também conhecido como “fase garatuja”. Aqui, escrever é reproduzir os traços típicos da escrita. Se esta forma básica é a escrita de imprensa, teremos grafismos separados entre si, compostos de linhas curvas e retas ou de combinações entre ambas. Se a forma básica é a cursiva teremos grafismos ligados entre si como uma linha ondulada como forma de base, na qual inserem-se curvas fechadas ou semi-fechadas. Nos primeiros momentos os traçados são irregulares, desordenados e