A ESCOLA: relato de um processo inacabado de construção.

Um dos conceitos essenciais do texto é que, para as autoras, a composição de cada escola, mesmo imersa num movimento histórico de extenso alcance, é uma versão local e particular deste movimento. Cada país manifesta uma forma impar de ampliação de seu sistema público de ensino, a qual se liga ao caráter das lutas sociais, aos projetos políticos, ao tipo de
“modernização” que cada Estado escolheu para o sistema educativo dentro de momentos históricos. As diferenças regionais, as organizações sociais e sindicais, os professores e suas reivindicações, as diferenças étnicas e o peso relativo da Igreja apontam a origem e a vida de cada escola.
Conforme afirma Sheehan (1975) a demanda de educação deve ser analisada na relação entre um conjunto complexo de instituições que formam o sistema educacional. Segundo o autor, existe uma demanda social por educação que depende de tendências demográficas, políticas e econômicas e que leva em conta os custos e benefícios da educação para a sociedade como um todo.
Uma questão a ser levantada sobre o texto de Rockwell e Ezpeleta é como pode a escola ser uma instituição ou um aparelho do Estado que representa a única vontade Estatal, se a escola está inserida na comunidade dispondo inclusive de um Projeto Político Pedagógico que deve abranger a comunidade próxima das instituições de ensino?
Educação é um processo que conglomera ensinar e aprender; e é um fenômeno visto em qualquer coletividade, sendo diretamente responsável por sua conservação e perpetuação a partir da passagem, às gerações que se seguem, dos meios culturais imprescindíveis à convivência de um membro na sua coletividade; nos mais variados espaços de convivência social está presente e, nesse sentido, o conceito de educação coincide com o de socialização.
A prática educativa formal se dá de forma intencional e com objetivos determinados, como no caso das escolas, e nesse ponto a educação está diretamente ligada ao de ensino. O ensino é uma forma