A década de 1930
A Revolução de 1930, que em menos de um mês já era vitoriosa em quase todo o país, teve sua gênese nas eleições do mesmo ano, quando políticos e tenentes foram derrotados, dando origem ao movimento político-militar que decidiu por fim ao sistema oligárquico através das armas, determinando o fim da República Velha (1889 – 1930).
Vargas é elevado ao Catete e o Governo Provisório tem início em 3 de novembro e, dentre as principais medidas tomadas pelo novo governo estão o fechamento do Congresso Nacional, bem como as Assembléias Estaduais e as Câmaras Municipais. A partir daí, são inseridos nos estados os “interesses nacionais”. Um sistema de interventoria ligado ao tenentismo é criado para agir nos estados, sem que houvesse relações com as elites locais. Desta forma, os estados vão perdendo sua autonomia sendo enfraquecidos, sobretudo, militarmente.
Conforme aponta Boris Fausto, o que se assistiu nesse período não pode ser tido como uma revolução, pois não houve modificações na estrutura, mas sim um “reajuste das relações internas dos setores dominantes”. Assim, no pós-30, o Brasil assistiu a afirmação de um Estado que centraliza o poder em sua própria esfera e que continua sendo um Estado autoritário e, baseado no mandonismo local.
O ano de 1934 trouxe consigo não somente a Constituição que, além da valorização ao trabalho e ao trabalhador, mas também as rivalidades entre os estados e a União, que se acentuam quando Getúlio Vargas, os tenentes e integrantes do Clube 3 de Outubro percebem as articulações políticas e aspirações de grupos emergentes das ruínas da República Velha. A oposição à Vargas era formada, sobretudo por paulistas e dissidências regionais.
Desde então, Vargas mostrou sua capacidade de sobrevivência política ao se manter aferrado ao poder diante da confusão ideológica dos revolucionários, dos compromissos contraditórios entre os vencedores e da resistência imposta pelos vencidos. No Rio Grande do Sul as bibliografias e