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23/01/2014 - por DAVID COHEN

A crise de liderança

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O adeus do papa Bento XVI: se um líder com poder vitalício e sagrado não conseguiu promover as mudanças que queria, quem pode? (Foto: Vincenzo Pinto / AFP)
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Dificilmente haveria exemplo melhor das dificuldades de ser líder, hoje em dia, do que a renúncia do papa Bento XVI. Se um líder vitalício, declaradamente ungido com o poder divino, sente-se enfraquecido para promover as mudanças que considera necessárias em sua organização, que
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O papa pode ser o exemplo mais recente, mas a crise de liderança tem inúmeras manifestações, da Primavera Árabe que solapou ditadores aos protestos na Europa que derrubaram 16 governos desde 2010. Nas empresas, executivos têm um poder cada vez mais limitado – por acionistas ativos,
Cidade
onde reside clientes exigentes, organizações e redes sociais atentas a qualquer deslize, legislações minuciosas. conselhos atuantes,
UF
Na política, os governantes há muito perderam o poder absoluto (e às vezes, as cabeças). “Hoje é preciso ser líder num ambiente democrático, o que é um paradoxo”, diz o filósofo Renato Janine Ribeiro, na reportagem de capa desta edição. Nas empresas, o processo demora mais. Ainda se veem

23/06/2014 15:22

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