A Crise da Dívida Externa
A piora na situação cambial levou o governo em 1980 a revertera política econômica e a adotar uma política ortodoxa, chamada ‘ Ajustamento Voluntário’.
O diagnostico permaneceu sendo o tradicional excesso de demanda interna.
As dificuldades crescentes para a renovação dos empréstimos externos juntamente com seu encarecimento, fizeram com que a política interna se pautasse pela redução da necessidade de divisas.
O sucesso dessa estratégia dependia do tamanho da recessão resultante ou do sucesso na reorientação dos fatores produtivos para a atividade exportadora.
Um primeiro ponto a ser analizado é o proprio diagnóstico.
A existÊncia de um desequilíbrio externonão significa que um país esteja vivendo acima de seus limites, mas pode ser em decorrência de um processo de endividamento externo que começa a aser cobrado com elevações e taxas de juros internacionais.
Esse parece ser o caso do Brasil, que se havia endividado no período anterior com base em um sistema de taxas de juros flutuantes, quando essas se elevaram, a situação que parecia estar sob contole, mostrou-se insustentável.
Um ponto central nessamudança de cenário é a alteração na política econômica norte – americana. A partir de 1979, o FED adotou uma política monentária restritiva, restringiu o crédito e dificultou o financiamento do tesouro americano, tentando forçar o ajustamento da economia. Ao ter que financiar-se no mercado em uma situação de aperto credítico,elevou violentamente as taxas de juros, que transformou os EUA no grande absorvedor da liquidez mundial.
Naquele momento , esses países foram praticamente obrigados a entrar em uma política de geração de superávites externos, para fazer frente aos serviços da dívida externa.
Enquanto na década de 70 o endividamento externo era colocado como uma forma de superar os constrangimentos externos e os países foram praticamente capturados pelo sistema financeiro internacional, na década de 80, o sistema