A criança doente e a morte

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A criança doente e a morte

A concepção de morte a respeito das crianças passou por algumas evoluções, onde no século XVIII até o século XIX, tanto na América do Norte como na Europa, considerava-se que a criança não possuía personalidade e por isso não era valorizada nem diante da sua morte (CAMON, 2003).
Na sociedade atual, prevalece à negação da temática morte, com isso, há dificuldade de compreensão tanto por parte dos adultos, em um nível existencial, quanto para as crianças.
Segundo Camon (2003), o ser humano, apesar de constantemente buscar a negação como medida protetora, angustia-se frente ao seu ser-mortal.
O adoecer e a morte são preocupações permanentes do homem, pois estão no centro de sua existência, são inerentes á vida e á condição de ser. Devem-se distinguir, no entanto, duas formas de concepção da morte: a morte do outro e a própria morte, onde diante disso a morte vai se desenvolver de acordo com algumas considerações (CAMON, 2003).
A concepção da morte na criança inicia-se pela consideração da morte do outro para evoluir a concepção de sua própria morte. Revitalizando a morte do outro como “você está ausente” indica que esta relação é principalmente perceptiva e a ausência significa “não aqui e não agora”, pois a criança, conforme a idade, ainda não consegue distinguir entre distância espacial e temporal (CAMON, 2003).
Ressalta-se que a ausência do quadro de referência perceptivo tem efeito imediato sobre a sensação de segurança da criança e ela, sente-se abandonada não somente por estar consciente da ausência, mas também pela presença de sentimentos de desconforto pela sensação de abandono (CAMON, 2003).
A respeito da consideração da própria morte, esta implica em autoconsciência, operações de pensamento lógico, concepções de probabilidade, necessidade e causação, de tempo físico e pessoal, de finalidade e separação, além de, ao ver uma pessoa, animal ou planta mortos, pode contribuir para a concepção de morte.
Pincus (1974 apud

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