A comunicação

Acomunicação é uma necessidade humana e é vital para a convivência e reprodução de qual- quer grupo social. Comunicar significa “dar a conhecer, dar a outro, transmitir” (por exemp- lo, na frase: “o diretor comunicou a sua decisão”) mas também “juntar” (“as duas cidades co- municam por comboio” ou “as duas salas comunicam por uma porta”). Estas aceções remetem para o ato de pôr em comum, por isso a dimensão sociocultural é inerente à comunicação na medida em que os signos com que o mundo é designado constituem um património social. Signos são sinais investidos de sentido que são usados para comunicar. Estes podem pertencer a diferentes sistemas simbólicos (palavras, imagens, gestos...) e serem impulsionados por vários sistemas de ligações, verbais e não ver- bais. A intersubjetividade é uma situação comunicativa entre as várias possíveis, entre as quais está a comunicação homem-máquina ou máquina-máquina. O contacto físico e expressão corporal são for- mas de comunicação. A noção de comunicação também abrange a interação do homem com algum obje- to, como na rede de telecomunicações, pelo que, quando está envolvido algum tipo de aparato técnico que a possibilita, fala-se de comunicação mediada. De facto, é ilimitada a capacidade do homem de co- municar. Ele é o único ser vivo que comunica através de código digital e analógico.
No início do século XX aprofundaram-se os estudos de comunicação, porventura devido ao impacto sociocultural e económico da revolução industrial e das duas guerras mundiais. Com a consolidação da imprensa, a popularização do cinema e da rádio e, nos anos 1950, o surgimento da televisão, ocorrem grandes transformações na produção, circulação e receção dos textos mediáticos. Com isso surgiu uma maior preocupação com as exigências dos mercados e com as estratégias publicitárias. É nessa altura que os estudos da comunicação se intensificam em parte com o objetivo de conhecer os efeitos dos meios da comunicação de massas sobre a audiência. Por