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Devido a grande importância dos contos de Dalton Trevisan, este estudo analisa, a partir da teoria psicanalítica, os contos O pai, o chefe e o rei e O caçula, a fim de desvendar características do comportamento humano de suas personagens que estão presentes na realidade do cotidiano de cada pessoa. Serão inseridos outros contos, porém, não com tanta ênfase, mas como reforço à análise dos que aqui foram tomados como objeto de investigação.
Serão analisadas as relações familiares entre pai e filho (a), mãe e filho e marido e mulher com base na concepção freudiana de complexo de Édipo. A partir dela, buscaremos compreender algumas ações das personagens e que conseqüências essas atitudes trazem para o enredo. Para nos situarmos e termos um melhor entendimento faz-se necessário uma explicação sobre a psicanálise freudiana e o surgimento da obra de Dalton Trevisan dentro do cenário literário.
O complexo de Édipo, questão que se encontra dispersa ao longo da obra de Freud, geralmente abordado com outras questões teóricas ou clínicas, foi escolhida por percebermos a ênfase dada no relacionamento entre pais e filhos nos contos, o qual pode ser entendido a partir daquele conceito psicanalítico. Este tema, grosso modo, é uma peculiar constelação de desejos amorosos que o menino sente pela mãe e a menina pelo pai. O pai torna-se o rival do menino e a mãe a rival da menina.
Dalton Trevisan é contista reconhecido nacional e internacionalmente, participante da terceira fase do modernismo, analisado por diversos estudiosos de literatura como Beta Waldman, Paulo Paes Leme, Miguel Sanches Neto, Wilson Martins, João Manuel Simões, dentre outros; porém nenhum deles fez articulações com a psicanálise, que é a finalidade deste trabalho. Os autores citados se preocupam mais com a abordagem estética e narrativa, geralmente relacionados á análise sociológica, o que justifica este

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