A casa a rua e o trabalho

Capítulo 2 – A casa a rua e o trabalho. 

Estão relacionados e se completam cotidianamente, porém cada um tem uma visão diferente de falar e explicar o mundo.

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A relação entre a casa a rua e o trabalho são mais que espaços físicos, são espaços onde se pode julgar, classificar, medir, avaliar, e decidir sobre ações, pessoas e moralidades.

Capítulo 2 – A casa a rua e o trabalho. 

Existe uma divisão entre dois espaços sociais onde há contrastes e diferenças: O mundo da casa e o mundo da rua.

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A casa: espaço das pessoas

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É o mundo à parte : tudo que está na nossa casa é bom, é belo e é, sobretudo, decente.

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Espaço da calma e da tranquilidade.

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O movimento é cíclico.

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Membros de um grupo fechado com fronteiras e limites bem definidos.

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Possuem uma personalidade coletiva bem definida de tal forma são uma “pessoa moral”. 

Não se trata de um mundo físico, mas de um mundo moral: somos únicos e insubstituíveis. 

Sentidos de “honra”, “respeito”, “vergonha”, que se estendem para os agregados.

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A rua: espaço dos indivíduos

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É um mundo negativo.

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Espaço do movimento, da agitação.

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O tempo é do relógio. O tempo voa, corre, passa.

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Mundo exterior que se mede pela “luta”, pela competição e pelo anonimato cruel de individualidades e de individualismo.

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Lugar de luta, de batalha, espaço cuja crueldade se dá no fato de contrariar frontalmente todas as nossas vontades: a rua é a “dura realidade da vida “ que eleva.

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Na rua há o anonimato, não há amor, nem consideração, nem respeito nem amizade.

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Local onde ninguém nos respeita como “gente”, como “pessoa”.

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A casa: espaço da moral

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Princípio fundamental de coletividade: até os animais domésticos fazem parte da família. 

Como espaço moral importante e diferenciado, a casa se exprime numa rede complexa e fascinante de símbolos que são parte da sua ordem mais profunda e perene.

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Demarca um espaço definitivamente amoroso onde a harmonia deve reinar sobre a confusão, a