A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO JUNTO A FAMÍLIA EM CASO DE MORTE EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO JUNTO A FAMÍLIA EM CASO DE MORTE EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
Carla da Rocha Rabelo Silva - relator, UNESA
Abstract
Como é sabido, para morrer basta que se esteja vivo, e que tal fato pode ocorrer a qualquer momento da vida de uma pessoa, todavia para o enfermeiro que está prestando assistência ao cliente em um ambiente de terapia intensiva, que corre constante risco de morte, lidar com esta possibilidade pode significar o surgimento de emoções e sentimentos próprios a cada indivíduo, envolvido com a assistência de enfermagem a tal cliente, como afirma Figueiredo (2006, p. 309), “é preciso conscientizar-se que o homem jamais será capaz de afastar a morte de sua vida e de seus planos, e que sempre há de chegar o momento em que a morte finalmente acabará chegando e vencendo”.
A questão ética relacionada ao assunto está centrada na concepção de que o enfermeiro por entender os processos de vida e morte, deve prestar assistência ao individuo na sua totalidade até mesmo post-mortem, respeitando-o, tratando-o como um ser humano em todos os momentos e não como um pacote, e nesse sentido concordamos com Nascimento (2003, p.170), quando diz que, “esse processo natural nos mostra a absoluta igualdade entre os homens, nivelando-nos a um mesmo destino”.
Os aspectos religiosos relacionados à morte buscam na sua maioria, dar uma explicação ao fato em questão, confortando acalentando e alentando os familiares e justificando a morte como uma vontade de Deus, não sendo possível nenhuma interferência por parte dos profissionais que assistiam ao cliente.
Dar a noticia de um óbito torna-se então uma tarefa simples, quando vista pelo lado técnico-profissional, entretanto, quando está relacionada à questão ético-profissional e a questão humana, nos vemos diante de uma tarefa de uma complexidade impar, no que diz respeito a informar que não foi possível manter ou restabelecer as funções vitais do cliente, gerando em muitos familiares a sensação de que o