A arte dos músicos profissionais de florianópolis

Trabalho de Final – A Arte dos Músicos Profissionais de Florianópolis
Durante todo o semestre que se passou, discutimos textos variados de antropólogos e cientistas de outras áreas do conhecimento, que se destinavam a tentar compreender e, talvez, classificar a categoria “arte”. Tarefa que, constatamos, não é nada fácil. Tomando por base os conceitos, ou censo comum do que seja arte, criados pela civilização ocidental - ou seja, o homem branco europeu - nota-se nos textos estudados que esta categoria surge em quase todas as civilizações e povos com os quais tivemos contato através destas leituras. Todavia, nem sempre com o mesmo conceito ou, por que não dizer, utilidade. A arte, ou aquilo que assim julgamos, é produzida de diferentes formas, ritualísticas ou não, e com diferentes sentidos, utilitários ou não. Se para alguns povos a confecção de tramas e tranças que dão origem a objetos como balaios e cestos não tem maior significado que um ofício, para outros, o mesmo objeto pode ser classificado como arte, e no caso ocidental, às vezes, até valorado como tal, adquirindo então este caráter e o valor inerente ao mesmo dentro desta sociedade.
Mesmo de dentro da própria sociedade ocidental, não há um consenso do que venha a ser arte, ou pelo menos não há um padrão definido para tal. São considerados como arte tanto uma tela pintada a óleo com a mais rebuscada técnica, quanto a simples alocação de um objeto qualquer em um saguão de museu, ou uma intervenção criada por grafiteiros na paisagem de uma grande cidade. Essa variação de formas de expressões artísticas torna ainda mais complexa a tarefa de definir, ou conceitualizar o que venha a ser arte.
Há ainda outra variável que devemos levar em consideração, trata-se do valor comercial da arte e a mensuração da mesma em termos capitais. A arte em nossa sociedade é vendida, e adquire com isso valor não somente cultural, mas também econômico. E, nos parece que, quanto maior