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A antropologia é uma ciência, reflexão, teoria filosófica, sobre a humanidade e sua cultura, tendo como objetivo o estudo completo sobre o homem o qual é centro de suas preocupações, buscando questionar sua totalidade, como um ser biológico pensante e participante da sociedade, tal como a sua origem, cultura, crenças, raça, religião, alimentação, comportamento e desenvolvimento. Até o final do século XIX a antropologia era feita a partir de comparação e ocorrências de relatos e descrições de viajantes, os antropólogos apenas produzia conhecimento a partir desse material sem ter nenhum tipo de contato com a cultura.

Malinowski em Os Argonautas do Pacifico Ocidental coloca que “o sucesso só pode ser obtido através de uma aplicação sistemática e paciente de um determinado numero de regras de bom senso e de princípios científicos bem definidos e não através de qualquer atalho miraculoso que leve aos resultados desejados sem esforços ou problemas”. (p.21).
O autor relata que só obteve sucesso em sua pesquisa quando manteve um contato mais estreito com os nativos acompanhando-os nas suas atividades.

No processo do seu desenvolvimento histórico a antropologia consolidou-se em quatro principais correntes teóricas são elas: Relativismo Cultural (Franz Boas), Estruturalismo (Claude Lévi-Strauss), Interpretativa da cultura (Clifford Geertz) e Funcionalismo (Bronislaw Malinovki) estas, porém com suas próprias contradições internas. Vejamos cada uma.
O relativismo cultural nada mais é do que um conceito antropológico segundo o qual não é possível julgar a partir de um ponto de vista externo os padrões e valores culturais (moralidade, práticas, crenças) de uma determinada cultura. Partindo do pressuposto de que cada cultura se expressa de forma diferente.

A ideia foi articulada por Boas em 1887:

“... civilização não é algo absoluto, mas (...) é relativa e nossas ideias e concepções são verdadeiras apenas na medida de nossa civilização”.
Boas