A Antropologia Gislaine

A antropologia, segundo a etimologia, é a ciência que busca conhecer o antropos, o humano. Longe de procurar esgotar essa tarefa, o que seria impossível dada à complexidade da natureza humana. Durante décadas foram criadas diversas teorias sobre a criação humana, onde procuram saber como surgiu a existência do homem. Entre nós, ocidentais, herdeiros de uma visão hebraica e cristã, o livro do Gênesis relata: Deus disse: “Façamos o homem á nossa imagem, como nossa semelhança, e que eles dominem sobre os peixes do mar, as aves do céu, os animais domésticos, todas as feras e todos os répteis que rastejam sobre a terra”. O livro de Gênesis é visto como uma coleção de mitos, ainda há muita gente que crê terem sido Adão e Eva, mesmo, os primeiros habitantes humanos deste planeta.
Havendo outra teoria vemos que Charles Darwin, um cientista inglês, geólogo e naturalista afirma que todos os seres humanos somos frutos de uma mesma evolução biológica, assemelhando-nos a nossos parentes mais próximos, os primatas. Passando um tempo, tendo a ciência confirmada a Teoria da Evolução e encontrado provas inequívocas da sua veracidade uma saída foi sorrateiramente construída: “Certo, somos animais que, como os demais, participamos do processo evolutivo, mas acreditamos ser essa evolução um progresso: caminha-se do mais simples ao mais evoluído, ao mais elaborado, situando-nos na ponta superior”. Assim, nossa prepotência se manteve intacta: continuamos acima dos demais animais. Essa visão acaba justificando nosso domínio sobre o planeta.
Em uma visão tradicional, o filósofo Jacques Monod disse que o surgimento da vida no planeta e da espécie humana em especial são frutos de um acaso que as chances de surgirem eram praticamente nulas. Se for compreensível, porém não justificável, que desejemos serem os senhores do planeta, é preciso olhar agora para o que sabemos sobre como chegamos a ser o que somos hoje. Ao lado da biologia, da paleontologia e da arqueologia, a antropologia esteve