Ze Do Burro E Seu Triste Fim

O pagador de promessas - Drama de Dias Gomes, escritor que ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes. Dias Gomes, que sempre demonstrou uma grande preocupação em mostrar a realidade brasileira, oferece ao leitor nesta maravilhosa obra a imagem critica da realidade brasileira. A história acontece em frente a uma igreja, exatamente no dia da festa da padroeira do lugar, Santa Barbara. Zé do Burro um pacato cidadão, com aparentemente 30 anos de idade, sem maldade, homem honesto e sem ambição. Caminhou por sete léguas com uma cruz do tamanho que Jesus carregou para pagar uma promessa, uma cruz grande e pesada, suficiente para lhe causar feridas nos ombros, isto tudo em agradecimento a vida de seu melhor amigo, Nicolau, um “burro”. Não um animal qualquer, mas sim seu único e melhor amigo Nicolau.

Mal sabia ele que teria que lutar contra o preconceito de uma sociedade. É importante frisar que no Art. 5 – “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e a propriedade”.

Zé do Burro nosso personagem principal, era casado com Rosa, mulher bonita, pouco mais esperta que ele. Dizia gostar dele, queria acompanhá-lo como esposa fiel, mas na primeira oportunidade que apareceu traiu o pobre marido, vindo a lhe causar um fim trágico. Sim foi culpa dela, ao se encantar por Bonitão, determinou como Zé do Burro entraria na igreja.

Após ser humilhado pelo padre, e impedido de entrar na igreja, por revelar inocentemente que fez a promessa em um centro Espirita, Zé do Burro, foi baleado e não foi uma bala perdida, e de certa forma foi armação daquele que se interessou por sua esposa o Famoso Bonitão.

Bonitão era Gigolô de Marli, mulher vulgar, sem instrução, mas que sabia defender os seus