Weber

Weber define o “boss”, que é um empresário capitalista da política que arranja, por conta e risco, votos na eleição; Ele pode ter conquistado suas primeiras relações na condição de advogado, de dono de bar ou de proprietário de negócios semelhantes, ou como credor. Daí em diante seguirá tramando, até ser capaz de “controlar” certo número de votos, depois associa se com os “bosses” mais próximos. Com sua dedicação, habilidade e, acima de tudo, sua descrição, desperta a atenção daqueles que já chegaram longe na carreira, e então começa sua ascensão. Ele é indispensável para a organização do partido, que fica em suas mãos e também obtém os recursos, que chegam por meio de contribuições dos membros, pela taxação dos salários dos funcionários e, depois, por propinas e gorjetas. O “boss” é o receptor direto do dinheiro dos grandes magnatas do setor financeiro, que não confiariam tal dinheiro para fins eleitorais a nenhum funcionário remunerado do partido, menos ainda a qualquer pessoa que tivesse de prestar contas publicamente; ele é o homem dos círculos capitalistas que financiam a eleição. O típico “boss” está exclusivamente em buscar de poder, como fonte de dinheiro, mas também poder pelo poder, trabalhando às escuras e muitas vezes não aceita nenhum cargo, a não ser o de senador; ele não tem nenhum “princípio” político firme.
Há três características especialmente determinantes para o político: paixão, senso de responsabilidade e discernimento. Paixão no sentido de objetividade: entrega apaixonada a uma “causa”, ao deus ou ao demônio que lhe é soberano. A mera paixão, não basta, ela não transforma alguém num político se, enquanto serviço a uma “causa”, não transformar em estrela guia decisiva da ação também a responsabilidade em relação a essa causa. Portanto é preciso discernimento, a capacidade de deixar a realidade agir enquanto se mantém o equilíbrio interior e a tranqüilidade – com discernimento em relação às coisas e as pessoas. A “força” de uma