Weber - Resumo "A Política como Vocação"
Weber compreende como “política” qualquer tipo de liderança independente em ação. Limita o uso desse termo ao tipo de liderança exercida pelas associações políticas e, mais recentemente, pelo Estado.
Ele reconhece que o uso da força é um meio específico de atuação do Estado: “O Estado é uma comunidade humana que pretende, com êxito, o monopólio do uso legítimo da força física dentro de um determinado território”. Essa entidade assume-se como a única fonte do direito de usufruto da violência.
Em decorrência disso, a “política” significaria a participação no poder ou a luta para influir na distribuição do poder.“Quem participa ativamente da política, luta pelo poder quer como um meio de servir a outros objetivos, ideais ou egoístas, quer como 'o poder pelo poder', ou seja, a fim de desfrutar a sensação de prestígio atribuída ao poder”. Weber escreve que “para que o Estado exista, os dominados devem obedecer à autoridade alegada pelos detentores do poder”.
Em última instância, o Estado seria a relação de homens dominando homens por meio da violência legítima.
A violência não é o único instrumento de que se vale o Estado, mas é seu instrumento específico. Há uma relação intima entre Estado e violência. Ele concebe o Estado contemporâneo como uma comunidade humana que, dentro dos limites de determinado território reivindica o monopólio do uso legítimo da violência física. Em nossa época, só reconhecemos o direito de fazer o uso legítimo da força ao Estado, transformando-o na única fonte do “direito” à violência. Desse modo, entenderá por política o conjunto de esforços para participar do poder ou influenciar a divisão do poder entre Estados ou no interior de um Estado. Ressalta que todo homem que se entrega à política aspira o poder, por o considerar como instrumento a serviço da realização de outros fins – ideais ou egoísta – ou porque deseja o poder pelo poder, para gozar do sentimento ou prestígio que ele