Vivian

A Venezuela sem Hugo Chávez
07 de Março, 2013 A República Bolivariana da Venezuela está desde ontem de luto pela morte do seu Presidente Hugo Rafael Chávez Frias. Milhares de venezuelanos choram nas ruas da capital Caracas o desaparecimento do Presidente de 58 anos, que não resistiu à luta contra um cancro, diagnosticado há algum tempo, e que estava a combater em Cuba, de onde saiu na semana passada de regresso à Venezuela, onde viria a falecer.
O Vice-Presidente Nicolás Maduro (em quem o Presidente Chávez delegou o poder nas suas últimas viagens a Cuba e a quem apontou como sucessor) fez um comunicado emocionado à nação e ao mundo, anunciando a morte do Presidente, qualificando-o como um grande homem e levantando muitas suspeitas sobre a doença que levou o Presidente Chávez à morte.
Entretanto, no meio de muitas lágrimas e comoção nacional (e internacional, em todos os países onde o Presidente Chávez deixou aliados), a pergunta é uma: como será o “day after” Hugo Chávez? O quadro legal vigente na Venezuela assenta na Constituição de 1999, a 26ª do país e promulgada a 15 de Dezembro pela Assembleia Constituinte, eleita por referendo, e que substituiu a de 1961. Foi proposta pelo Presidente Hugo Chávez e aceite pela maioria da população, que mudou o nome do país para República Bolivariana da Venezuela e sofreu uma alteração em 2009 quando, a 15 de Fevereiro, o Referendo Constitucional aprovou por maioria absoluta a possibilidade de reeleição ilimitada a todos os ocupantes de cargos públicos no país, da Presidência da República para baixo. Esta alteração abriu caminho a uma terceira eleição consecutiva do agora falecido Presidente Hugo Chávez. De acordo com a Constituição em vigor, em caso de morte do Presidente, devem ser realizadas eleições 30 dias após a sua morte e o poder tem de ser gerido interinamente pelo Presidente da Assembleia Nacional.
Mas, em Caracas já é quase um facto consumado que o Vice-Presidente Nicolás Maduro, de 50 anos, deve assumir o