Visão analítica e critica da saúde coletiva do brasil

2167 palavras 9 páginas
Visão Analítica e Crítica da Saúde Coletiva do Brasil

* Os primórdios da Saúde Pública no Brasil
Até 1808 a saúde no Brasil se limitava a pajelança e poções. O Rio de Janeiro, com uma população de 60.000 habitantes, possuía quatro médicos.
Foi nesse ano que a Corte chegou ao Brasil e com ela a criação das duas primeiras escolas de medicina do país: o Colégio Médico-Cirúrgico no Real Hospital Militar da Cidade de Salvador e a Escola de Cirurgia do Rio de Janeiro.
E até a república foram essas as únicas medidas governamentais.

A saúde pública aparece no governo de Rodrigues Alves (1902-1906). O Brasil vivia o “boom” da borracha amazônica e a maioria dos negócios eram fechados na capital do país, o Rio de Janeiro. Se hoje a cidade é chamada de “maravilhosa” naqueles dias era chamada de “tumulo de estrangeiros”: a maioria das ruas não possuía calçamento, os esgotos eram lançados a céu aberto, a maioria vivia em cortiços, quando chovia surgiam milhares de poças de água estagnada cheias de insetos. Surtos de peste bubônica, varíola e febre amarela eram rotina. As mortes eram freqüentes.
Com um bom dinheiro em caixa Rodrigues Alves decidiu mudar isso: demoliu centenas de imóveis, expulsou moradores para a periferia, construiu avenidas, ruas calçadas, praças, enfim urbanizou o Rio de Janeiro.
E na parte sanitária contratou o médico Oswaldo Cruz, já uma celebridade na sua especialidade. Ele comandou um grupo que percorria as casas lacrando caixas d água, despejando petróleo em alagados, transferindo doentes para tratamentos e pulverizando inseticidas. As pessoas não entendiam e até achavam graça – afinal a descoberta do meio de transmissão da malária fora dois anos antes.
Em um ano conseguiu reduzir 90% dos casos de malária. E praticamente extinguiu a peste bubônica no Rio ao exterminar quase 50.000 ratos por ano.
Restava a varíola, que matava uma média de 130 pessoas por semana. E o único jeito de acabar com ela era vacinando. Hoje parece banal mas a

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