Vigorexia

RESUMO

Este estudo teve como objetivo contribuir, por meio de testes com frequentadores de academia e fisiculturistas, com a realidade teórica-empírica da análise da incidência do transtorno dismórfico corporal conhecido como vigorexia e suas consequências para a saúde destes. Foram feitos estudos com 151 indivíduos frequentadores de academia, sendo escolhidos de modo estratificado e randômico (amostragem do tipo probabilístico) e 25 individuos fisiculturistas, selecionados de modo intencional (amostragem do tipo não probabilístico) sendo todos do sexo masculino, com idades entre 20 e 45 anos. Para medir a dependência ao exercício físico foi utilizada a escala de dependência de exercício proposta por Hausenblas e Downs10 e para medir a dismorfia muscular foi utilizado o Inventário de Dismorfia Muscular, desenvolvido e validado por Hildebrandt et al. 20. O trabalho atendeu às normas para a realização de pesquisa em seres humanos, resolução 196/96, do conselho nacional de saúde. O projeto de pesquisa obteve aprovação do comitê de ética em pesquisa envolvendo seres humanos da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul como protocolo de procedimentos no. 1563. Os resultados evidenciaram que se mantiveram as diferenças significativas entre os grupos para todas as escalas, assim como para o escore total dos testes e que há uma tendência de se aumentar os níveis de vigorexia conforme se aumenta a dependência de exercício e, também, que a correlação entre vigorexia e a dependência do fisiculturismo independe de sexo e, ainda, que não há correlação com o uso de esteroides anabolizantes em fisiculturistas. Concluiu-se, ao se comparar os níveis de vigorexia e de dependência de exercício físico entre frequentadores de academias e fisiculturistas, que não existem diferenças significativas e que existem limitações, como a ausência de um instrumento que permita uma melhor seleção para vigorexia no questionário de 21 itens utilizado no estudo como, também, as muitas