Variedade geogr fica ou diat pica

Variedade geográfica ou diatópica

Uma nação possui diversas comunidades linguísticas que são constituídas por centros de cultura, políticas e economia que caracterizam e distinguem tais comunidades e além disso demarcam uma região geograficamente limitada onde os falantes se encontram. Todos falam o mesmo idioma o que varia é a forma de pronúncia, as construções sintáticas e o uso do vocabulário.
“Quando ele ficou doentchi, que ele tem barriga d'água, ele conheceu u qui ele feis de mal pra gentchi, pra mim e pra minha irmã, mais eu só peguei mágoas dele di uma veis quandu eu fui falar "pai me dá um real", ele virou e falou assim "não me chama de pai porque eu não sou seu pai". Nesse dia, eu não liguei né, porque eu era priquena…”
A entrevistada nasceu no Nordeste do Brasil, no estado de Alagoas. Apesar de ter se mudado para São Paulo com um ano de idade, pode-se notar que em alguns caso a pronúncia do “r” é típica do dialeto da região nordestina, que usa as consoantes fricativas glotais surda /h/ e sonora /ɦ/, como no caso da palavra “irmã” no começo da gravação . Ela também usa as palavras “tempro” e “priquena” que é de uso comum -geralmente das classes sociais mais baixas- no local de origem da estudante. O uso do “r” em tais palavras deve ser um costume que a jovem adquiriu no seu ambiente familiar, visto que seus pais são de Alagoas e falam ou falavam com ela na variante nordestina e que há a possibilidade de ela ter contato com seus parentes alagoanos, visitando-os ou mesmo recebendo-os na sua casa em São Paulo.
Mas, por outro lado, ela convive com adolescentes da mesma faixa etária que a dela e que são paulistanos, na escola, nos cursos que ela faz e também na igreja que frequenta. Assim, a estudante também apresenta o modo e falar característico do dialeto de São Paulo.
Como nesse fragmento: “Tipo, nunca qui eu vô falá cu´essa minina”, mais eu acabei gostanu dela também i aprendi com isso qui nem sempre as pessoas são du jeitos que reparamus.
(é...)