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Vale mais quem tem QI

A dificuldade de encontrar profissionais bem capacitados vem estimulando a velha política de contratar amigos de funcionários e bonificá-los pelas boas indicações

José Eduardo Costa, Michele Aisenberg, Da Você RH (redacao.vocesa@abril.com.br) 10/11/2011

Fernanda Sampaio trabalha no Google Brasil como gerente de contas há dois anos. Nos últimos meses, recebeu um bônus, muito bem-vindo, na hora de dar entrada em seu novo apartamento. Isso sem fazer hora extra. Bastou indicar Kristiane Corrêa, sua melhor amiga, para uma vaga disponível na empresa. Histórias como a de Fernanda são cada vez mais comuns no ambiente corporativo.

Diante da escassez de profissionais especializados no mercado, a área de recursos humanos está precisando usar a criatividade para preencher novas posições e tem apostado na simples e eficiente política do "indique um amigo para trabalhar conosco", ou Qi, abreviação para "quem indica". Segundo pesquisa divulgada pela consultoria delloite, 68% das companhias brasileiras já utilizam a indicação de outros funcionários como um dos métodos oficiais para a contratação de profissionais de nível superior para cargos não executivos.

O mecanismo perde somente para a prática do recrutamento interno, realizada por 72% das empresas. Fábio Mandarano, gerente da área de capital humano da Delloite, explica que essa forma de seleção sempre foi utilizada no Brasil, mas, diante da atual conjuntura econômica e do apagão de mão de obra qualificada, ela tem ganhado novos adeptos. "Essa mesma pesquisa, em 2009, indicava que apenas 44% das organizações utilizavam esse método", diz o gerente.

Mandarano afirma que, atualmente, encontrar perfis de nível superior com habilidades bem específicas é uma missão árdua, principalmente se a busca for de profissionais de áreas técnicas. Nessas ocasiões, o método da indicação é uma ótima solução. "É mais fácil usar as redes sociais dos próprios empregados, que já fazem parte de uma comunidade,

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