Utopia: resumo

Larissa Menezes Lopes Na obra intitulada A utopia, Thomas More faz diversas críticas ao modelo econômico na Inglaterra e Europa do século XVI, apontando falhas econômicas, sociais e políticas. A Ilha de Utopia seria o extremo oposto da ilha da Inglaterra: um local com igualdade entre o povo, a inexistência do uso de dinheiro, educação de qualidade, entre outros. Pode-se ver uma crítica muito forte em relação ao modelo econômico predominante na Inglaterra, onde a sociedade era caótica. Utopia é o lugar perfeito para se morar, uma sociedade perfeita tanto social como política e economicamente. De acordo com More (1516, p.34), este modelo não seria de possível realização se não houvesse adaptações das circunstâncias:
[...] não via razão por que não se instaurasse na Inglaterra processo semelhante, pois teria maior valor e proveito que o gênero de justiça tão louvado pelo advogado meu adversário, respondeu-me este que isso nunca se poderia dar na Inglaterra sem ocasionar a ruína e a desgraça do país. A Utopia relata uma sociedade de caráter independente bastante avançada caracterizada como socialista, no entanto as principais teses desse modelo econômico em si foram criadas vários séculos depois, e praticamente todas se embasam na obra de More em ao menos uma característica. Ao longo da obra, é possível notarmos diversos traços marcantes socialistas. “O vestuário tem a mesma e invariável forma para toda a ilha, salvo a distinção entre o vestuário feminino e o masculino e a diferenciação pelo traje de solteiros e casados.” (MORE, 1516, p.57) Em sua obra, More (1516, p. 27-29) critica a propriedade privada e o que Karl Marx definiria no futuro como Mais-Valia (o preço cobrado pela venda de um produto é maior do que o preço da sua produção, gerando lucro), apontando-os como motivo do crescimento incontrolável de furtos, fome e desemprego.
REFERÊNCIAS
MORE, Thomas. A utopia. São Paulo: Martin Claret, 2013