Ureia

DISCUSSÃO
Avaliação Laboratorial Da Função Renal
URÉIA
O método rotineiramente usado para avaliar a função renal é a mensuração da concentração plasmática de substâncias normalmente excretadas pelos rins. A avaliação dos níveis de ureia e creatinina são os testes mais comumente utilizados na rotina. Para avaliação desses dados, é importante o conhecimento dos fatores extra renais que podem afetá-los e também é importante a análise concomitante de outros dados laboratoriais para a localização da origem do aumento dessas substâncias. A síntese de ureia ocorre nos hepatócitos via ciclo da ureia onde o excesso de amônio (NH4+) formado nos tecidos ou intestinos são incorporados em moléculas de ureia e excretados. Depois de a ureia passar passivamente dos hepatócitos para o plasma, há dois caminhos possíveis: no primeiro a ureia é ser filtrada pelo glomérulo e daí pode ser excretada na urina ou reabsorvida pelos túbulos renais, no segundo caminho, a ureia entra no trato gastrointestinal, onde é degradada por bactérias entéricas em amônio e pode ser absorvida passivamente pela via portal ou excretado nas fezes. A excreção da ureia ocorre quase que exclusivamente pelos rins (FINCO 1995).

A ureia pode ser mensurada no soro, plasma ou sangue total. Como a ureia é uma molécula livremente difundida na maioria das membranas celulares, a ureia extracelular, intracelular e no sangue tentem a ter o mesmo valor e por isso é igual no plasma, soro e no sangue total (STOCKHAM; SCOTT, 2003). Ela é estável por 1 dia à temperatura ambiente, vários dias a 4-6o C e por pelo menos 2-3 meses congelado. A hemólise pode causar um falso aumento da ureia (50mg/dl de hemoglobina pode causar um aumento da ureia de aproximadamente 1mg/dl). A ureia é um dos índices que avaliam a filtração glomerular, pois a maior parte da ureia é excretada na urina através da filtração nos glomérulos. Assim, a redução na filtração tem como consequência o aumento da concentração de ureia. Entretanto,