urbanização em angola

1954 palavras 8 páginas
Algumas linhas sobre a urbanização colonial em Angola http://www.buala.org/pt/cidade/algumas-linhas-sobre-a-urbanizacao-colonial-em-angola Estas brevíssimas reflexões resultam de diálogo profícuo com a arquiteta, professora e pesquisadora Manuela da Fonte, sobretudo a partir da sua tese de doutorado Urbanismo e Arquitectura em Angola: de Norton de Matos à Revolução, defendida na Universidade Técnica de Lisboa (Portugal) em 2007. Para além da agradável leitura, seu trabalho organiza um excelente material de pesquisa sob um primoroso rigor acadêmico. Das histórias não contadas na tese, vale a pena destacar a imensa dificuldade que é qualquer incursão pelos arquivos angolanos. Plantas, relatórios e documentos estão perdidos (e perdendo-se) pelas instituições, sem catalogação tampouco disposição adequada. É uma parte da história do país e da história da arquitetura e do urbanismo do século XX que literalmente desfaz-se.
Em um momento de inflexão teórica sobre os rumos do urbanismo do século XXI e os neocolonialismos contemporâneos, a recuperação deste material já é, per se, de valor inestimável. A arquiteta, contudo, brinda-nos com uma elegante apresentação, rica iconografia e profunda argumentação teórica, delimitando o quadro político e conceitual da atuação dos arquitetos e urbanistas portugueses em Angola. Na primeira parte da tese são apresentados o pensamento político e as políticas coloniais portuguesas no século XX, divididos em dois capítulos: contextualização política e social em Angola e correntes do pensamento urbanístico na Europa e Portugal e seu reflexo em Angola. A segunda parte da pesquisa escrutina o processo de ocupação do território em quatro capítulos, nos quais são analisados não apenas o território e o fenômeno urbano, mas a arquitetura, por meio das edificações e obras públicas, como parte indiscernível do mesmo projeto colonial1.

Finda a leitura do espesso volume, quatro questões emergem como fundamentais, sob o meu ponto de vista:

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