urbanismo ecologico

"Muitos (refugiados) haviam deixado lugares como a Somália, Angola e os Balcãs em circunstâncias devastadoras", conta Carl Hunter, um dos produtores do filme. "A guerra lhes havia roubado suas casas, famílias e, em muitos casos, identidades. Segundo a experiência de Margrit, os refugiados se fechavam em si mesmos ao se verem no confinamento de uma sala com uma mesa e uma cadeira. Mas quando teve a ideia de dar a cada um deles um pedaço de terra, eles foram capazes, aos poucos, de se abrirem para ela". A história dessas hortas comunitárias não se limita à vida dos refugiados, mas acaba se mesclando à da comunidade local. estamos cada vez mais desconectados dos prazeres da água em nossas cidades, alheios tanto a suas origens quanto a sua distribuição. Essa invisibilidade, essa obscuridade, aplica-se à maior parte dos outros recursos e serviços urbanos.
Mal podemos imaginar as estatísticas assustadoras sobre a relação entre consumo e lixo que uma cidade como Nova York, com seu apetite voraz por fast food e delivery, produziriam.
Em alguns lugares, como Havana, as hortas comunitárias e outras formas de ocupação produtiva da paisagem urbana estão crescendo em escala espacial e comercial como nunca antes. Isso permite conceber tais espaços como uma continuação do território urbano — sobretudo como novas expressões do espaço público. Detroit, um exemplo de uma cidade em esvaziamento, tem sido o campo de vários experimentos em agricultura urbana nos terrenos cada vez mais disponíveis entre os remanescentes de sua área residencial.
A taxa de crescimento da população em muitas cidades é tão elevada que os métodos convencionais de planejamento são incapazes de modo efetivo às rápidas transformações. O desafio do urbanismo ecológico é encontrar maneiras de lidar efetivamente com essas condições. o urbanismo ecológico tem o potencial de propor outros critérios que afetam e dão forma às cidades, como a geografia, a orientação, o clima, a poluição, o ruído e os odores.