Uma visão

Introdução

Na época da então chamada Revolução Industrial, não existia preocupação com a questão ambiental. Os recursos naturais eram abundantes, e a poluição não era foco da atenção da sociedade industrial e intelectual da época. O crescimento desorganizado da indústria e da urbanização, entre os anos 1.760 a 1.945, começou há sufocar o ambiente natural, fazendo com que os primeiros sinais da degradação aparecessem.
Alguns pensadores da época começaram então a falar sobre a questão da sustentabilidade, dos problemas ambientais que poderiam ser mais graves no futuro. “Cada dia a natureza produz o suficiente para nossa carência. Se cada um tomasse o que lhe fosse necessário, não havia pobreza no mundo e ninguém morreria de fome” (Mahatma Gandh). Mas foi a partir de 1.962 com o livro Primavera Silenciosa (Silent Spring) da bióloga marinha e escritora Rachel Carson, que surgiu o primeiro grande alerta para as questões ambientais. No livro a autora faz uma denúncia sobre a ocorrência dos desastres ecológicos criados pelo homem, principalmente com o uso produtos sintéticos como o DDT, que alteravam os processos de desenvolvimento das plantas, dos animais e dos seres humanos. “... o mais alarmante de todos os assaltos contra o meio ambiente, efetuados pelo Homem é representado pela contaminação do ar, da terra, dos rios e dos mares, por via de materiais perigosos e até letais” (Rachel Carson, Primavera Silenciosa, p.15 e 16).

Carson, ainda ressaltava sobre o modelo predatório de desenvolvimento da época, que tratava apenas das questões políticas, econômicas e sociais e desprezava friamente a questão ambiental, e por isso, poderia levar o planeta a uma “primavera silenciosa”. O livro contribuiu para a conscientização pública da época, de que a natureza era, e, é vulnerável às ações humanas. Poucas pessoas até então, se preocupavam com o que se referia ao