Uma vista errônea para a retórica

Uma vista errônea para a retórica

Para haver Retórica é necessário que haja, primeiramente, um locutor e, consequentemente, um interlocutor. Ela pode ter tanto a função de produzir discursos, como também de interpretá-los. A intenção do locutor deve ser, principalmente, a de persuadir seus interlocutores através de meios oratórios e argumentativos. Pois é na oratória que se incluem os gestos, tons de voz, ênfases nas dicções, entre outros. Através da argumentação, pode-se, por uso das palavras, construir um bom texto a fim de convencer o locutor do que se quer dizer. Para tanto, é necessário que este transpareça a credibilidade e que tenha argumentos convincentes a fim de fortalecer o texto.
No entanto, a retórica acaba perdendo um pouco sua função, quando usada apenas com a finalidade de persuasão, no sentido de mudança de opinião do interlocutor, apenas com base em uma opinião própria do locutor. Já que, ela deve também, consolidar o debate como um todo, a fim de construir novos conhecimentos a partir do discurso debatido.
Desta forma, a persuasão pretendida só terá sua eficácia se houver um enriquecimento de aceitação, ou seja, se durante o debate houver ciência perante ambas as partes de que cada um tem a “sua” verdade e que esta pode não ser a mesma que a do outro e vice-versa. Assim, não se deve persuadir alguém apenas com base em uma verdade subjetiva, mas sim, de uma maneira mais aberta e geral a respeito do tema abordado.
Diante disso é que surgem discursos mal-intencionais que fazem com que as pessoas “caiam em ciladas” e se tornem verdadeiros fantoches desses locutores. São exemplos desses discursos, as propagandas enganosas, as quais que tem a finalidade apenas de vender produtos sem se preocupar efetivamente com os interlocutores, no caso, os clientes.
As redes de televisão, também, são muitas vezes casos de discursos mal-intencionais, uma vez que, muitas vezes servem como única fonte de comunicação de alguns. Desta forma, por pelo fato