Um texto psicopata qualquer

Mais uma vez, no mesmo local, no mesmo horário, com o mesmo tabaco, após ter feito o que exatamente fiz nos outros dias pelos 3 anos corridos.
Chegar do serviço, comer algo, tomar um banho, amolar minha faca, aliás, amolar minha nobre e bela faca, esperar ansiosamente dar 3h da manhã para sair e procurar uma doce alma vagueando pela rua, bom seria se ela soubesse que seria seu último dia, não sairia de casa sozinha. Saio em meu opala preto e geralmente não preciso ir muito longe para encontrar diversão, alguns quilômetros e encontro algo andando sobre duas pernas, tenho uma vontade maior por mulheres, agradeçam aquela vadia do primeiro ano da faculdade.
Na rua, escolhe a primeira que ver em um local sem movimento, tiro suavemente o pé do acelerador, e chego sorrateiramente perto do meu brinquedo da noite, elas sempre tentam correr, mas nunca conseguem ir muito longe. Pensam que sou um estuprador, um louco ou algo do gênero porém as mostro algo diferente quando lhes tiro uma flor de minha blusa para as entregar, com um pouco de papo elas se convencem rápido, vamos para o carro e bebemos um pouco, a maioria delas tem uma vontade louca de me dar, mas nunca transei com nenhuma, é um tanto incomum, mas logo após que elas entram no carro e bebem uma garrafa de vodka, eu já digo seu futuro, que a única certeza de sua vida, que é a morte, está próxima e não esperará amanhecer para lhe cobrar o valor de sua vivência. Tudo bem, a parte mais legal disso é que todas imploram para viver, até mesmo aquelas que aprecem estar depressivas ou em colapso, até hoje nenhum disse simplesmente para eu as matar, todas suplicam, choram, esperneiam, tentam ligar para alguém, mas nunca conseguem nada, digo apenas para beberem outra garrafa e me contar tudo o que querem. Me contam tudo de sua vida, o que fazem, o que querem, o que são, quem amam, pareço um taxista, que ouve com atenção todos seus passageiros, aliás, me pareço muito com um taxista, as pego em um lugar e as deixo em outro,