treino ao comedouro
É importante notar que o controle do comportamento alimentar está assegurado por diversos fatores e diversas estruturas, tanto centrais como periféricas. Todavia, trabalhos utilizando soluções doces, como sacarose, sacarina ou maltose (YOUNG, 1954, 1966 e 1968; PFAFFMANN, 1960, 1964; MORATO DE CARVALHO, 1983) como agente reforçador para o comportamento de pressionar uma barra, ou investigando a preferência alimentar, demonstraram que ratos, quando reforçados com essas soluções adocicadas, pressionam uma barra para obtê-las mesmo não estando privados.
De acordo com YOUNG (1959), altas concentrações de sacarose são hedonicamente positivas e altas concentrações de cloreto de sódio são hedonicamente negativas. Esses achados apoiam o princípio de que a intensidade sensorial é muito difere!1te da intensidade hedônica (YOUNG, 1959). Um experimento de MOSKOWITZ (1971) ilustra isso nitidamente. O autor, utilizando 32 açúcares, mediu os componentes de doçura e de agradabilidade independentemente. Foram usados sujeitos huma· nos que julgavam a doçura e a agradabilidade de uma dada concentração de açúcar. Um grupo de sujeitos julgavam a doçura e outro a agradabilidade do mesmo açúcar, na mesma concentração. O autor encontrou que, para açúcares alcoólicos como o rabitol, o manitol e o inositol, as avaliações tanto de doçura como de agradabilidade aumentavam à medida que se elevava a ccncentraçao dos mesmos. Todavia, para açúcares simples, como a frutose e oligossacarídeos como a sacarose, a avaliação do componente de doçura aumentava à medida que se elevava a concentração, mas a avaliação de agradabilidade começava a diminuir a partir de determinadas concentrações. Esse experimento demonstra claramente que há um componente sensorial (doçura, neste caso) e um componente hedônico (neste caso, agradabilidade) envolvidos no comportamento alimentar de humanos. Além disso, esses dados apoialll a hipótese de YOUNG (1959) citada acima. Ainda de acordo com YOUNG