Tratamento Fisioterap Utico
Não existe nenhum estudo sistemático sobre a eficácia da fisioterapia em pacientes com Guillain-Barré. O que acontece é uma adaptação das abordagens fisioterapêuticas usadas em outras patologias neuromusculares. A fisioterapia pode ser dividida em duas atuações: fisioterapia respiratória e motora; baseadas nas possíveis complicações advindas do Guillain Barre (MEYTHALER, 1997).
A fisioterapia respiratória baseia-se em dois aspectos: na fase inicial, constituída basicamente de manobras de higiene brônquica (para promover a clearence mucociliar, evitando consolidações e atelectasias), reexpansão pulmonar, aspiração da via aérea (se necessário), drenagem postural para mobilizar secreções; e numa fase mais tardia da doença treinamento muscular e desmame da ventilação mecânica (SMITH & BALL,2004).
Os pacientes com SGB apresentam muita dor, descrita como parestesia, disestesia, dor axial e radicular, mialgia, dor articular e desconforto visceral. A fisioterapia motora constitui-se de exercícios passivos, ativo-assistido e ativo dos membros, dependendo da melhora da fraqueza muscular; sempre tendo como limite a dor do paciente. Tem sido observado que o superuso de uma unidade motora afetada pode impedir a sua recuperação. Sem esquecer do posicionamento, mudanças de decúbito, alongamentos, e exercícios metabólicos; fundamentais para evitar úlceras de decúbito, trombose venosa profunda, tromboembolismo pulmonar, encurtamento de tendão, contraturas articulares e paralisia de nervos, sendo que os mais afetados são o nervo ulnar, peroneal e lateral femoral (MEYTHALER, 1997).
Fontes: COSTA, E. Rehabilitation of patients with Guillain-Barré syndrome. Revista De Neuro-Psiquiatra 1970; 33:219-32.
FONSECA, T,, CARDOSO, T. Síndrome de Guillain Barre. Acta Medica Portuguesa; 17: 119-122; 2004.