transcrição café filosófico birman

MAL-ESTAR É CONSTITUINTE DA CIVILIZAÇÃO:
“Alguma coisa da sociedade moderna em relação à sociedade antiga que faz com que um mal-estar se apresente se coloque” BIRMAN, J.
Moral sexual civilizada e doença nervosa moderna: “impossibilidades que os sujeitos têm de poder, de uma maneira expansiva, potencializarem sua experiência erótica” BIRMAN, J. Causa do mal-estar nessa época (1908). (Imperativo da monogamia matrimonial, impasse para certos sujeitos).
Mal-estar na civilização: coloca a causa do mal-estar não mais como uma questão de expansão erótica, mas, sobretudo, decorrente da presença nos sujeitos, daquilo de que ele chama, de pulsões de destruição, da marca de certa crueldade que habita as pessoas no trato consigo próprio e no trato com o outro, seja por práticas sádicas ou masoquistas.
Freud modifica esse seu pensamento a partir da primeira guerra mundial, armamentos tecnológicos, desrespeitos para com outras culturas...
Lacan – humilhação da figura do pai, que perde sua força sua autoridade, então não pode mais mediar os laços familiares e sociais, e que isso estaria, essa ausência de mediação estaria na base desse desencadeamento, dessa violência individual, coletiva, social que imperava nos anos 30. Posteriormente a partir dos anos 50, ele continua insistir o poder na figura do pai, nome do pai, que vai estar presente no pensamento dele concedendo como uma figura de mediação simbólica.
ALUSÃO ao pai, que existe em dois registros: - pai na estrutura da família e na estrutura política de soberania.
Freud acreditava que a figura do pai funcionaria como uma figura protetora do sujeito, quanto que na segunda leitura ele afirma que a figura do pai ou a figura do soberano não protege mais o sujeito, o que aparece de novo no pensamento psicanalítico é esse sujeito lançado sem a proteção do soberano, ou sem a proteção do pai, onde estará exposto a uma experiência essencialmente traumática.
Referência indireta ao estado do bem-estar social -> soberano