trabalho
A era industrial aumentou consideravelmente a produção de bens de consumo. Agora, na era da informática, esse consumo foi até facilitado, através da internet. No quotidiano, o consumismo é estimulado e vendido como felicidade. Seria verdadeira essa relação?
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O uso do pronome demonstrativo “esse” é um elemento de coesão referencial por anáfora ou por catáfora. No caso, não houve especificamente referência anterior ao consumo, pois o autor fala somente de bens de consumo. Para torná-lo coeso, pode ser substituído pelo seguinte enunciado:
A era industrial aumentou consideravelmente a produção de bens de consumo. Agora, na era da informática, (A) o consumo desses bens foi até facilitado, através da internet, gerando o consumismo, que é estimulado e vendido como felicidade no quotidiano. Seria verdadeira essa relação?
Veja que acresci o enunciado “[...] o consumo desses bens [...]”, com o uso do pronome demonstrativo “desses”, para estabelecer e deixar evidente uma relação lógica (os bens de consumo são produzidos – os bens de consumo são consumidos). Acrescentei também o enunciado “[...] gerando o consumismo [...]”. Foi necessário que fizesse isso, pois o autor não faz relação das ideias que expõe (produção de bens de consumo – consumo facilitado de bens pelo advento da internet – geração de consumismo - consumismo estimulado e vendido como felicidade). Não há progressão dessas ideias, que estão “soltas”, “jogadas” neste parágrafo. Isso caracteriza uma incoerência, algo que se desfez com a redação dada acima.
Veja que juntei o último enunciado (“No quotidiano, o consumismo é estimulado e vendido como felicidade.”), para evitar o uso repetido do termo consumismo (substituído pelo termo relativo “que”), como pode notar a nova redação do enunciado (A). Note também que o adjunto adverbial (“no quotidiano”) foi deslocado para o fim da frase.