As concepções[desambiguação necessária] mais simples do que seja o trabalho têm por padrão a sua naturalização, ou seja, elas o retiram do seu contexto propriamente histórico e o definem genericamente como gasto de energia ou como ação detransformação[desambiguação necessária] da natureza. Tais concepções acabam por compreender que, nas sociedades maiscomplexas, o trabalho se tornou apenas mais carregado de conteúdo tecnológico. Ou seja, a história é vista como um crescente linear de mais técnica, conhecimento e ciência e menos trabalho e esforço. E os homens na história seriam meros resultados de forças que agem acima deles próprios, como somatório de suas ações individuais.Nas concepções mais complexas do trabalho, o seu conteúdo material é parte de um processo social maior, de uma história que contrapõe os homens e seus interesses e lhes condiciona o fazer - de uns e outros - de modo bastante diferenciado. O trabalho de "um Aristóteles" pensando sobre o trabalho, a virtude, a riqueza, pesquisando e ensinando, tem muito pouco a ver com o de um agricultor de sua época. Assim como, para que e para quem os homens trabalham, se eles são obrigados a trabalharem para outros ou se eles o fazem livremente, se trabalham em troca de algo específico ou de uma cota, parte da riqueza geral criada (como ocorre nas sociedades mercantis onde todos produzem para o mercado), irá variar no tempo e noespaço.Power house mechanic working on steam pump (Lewis Hine, 1920). Trabalhadorestadunidense do começo do século XX.Uma definição mais complexa do trabalho é dada por aqueles que acreditam (Marx e Engels, principalmente) que este é um elemento definidor do próprio ser do homem ou sua dimensão[desambiguação necessária] ontológica. Ontologicamente falando, o trabalho seria definidor do ser uma vez que gerá as condições reais de sua possibilidade deexistência. Ou, dito de outro modo, o trabalho se inseriria numa relação de mediaçãoentre o sujeito e o objeto do seu carecimento[5] . Essa