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Os sofistas No período, em que já estão avançadas as questões cosmológicas e que o foco principal das questões filosóficas não é mais a origem do mundo e de todos os seres que fazem parte dele, temos como foco, agora exclusivamente o homem e todas as questões ligadas a ele. Com isso, sobretudo era preciso saber falar para fazer valer seus interesses nas assembleias. Surgiam, então, os famosos oradores do período, os Sofistas, que quer dizer sábio em grego, os primeiros filósofos do período socrático. E acusados por muitos de criar no meio filosófico o subjetivismo e o relativismo. Ardilosos e portadores de uma eloquência incomum, os sofistas fascinavam àqueles que ouviam suas palestras, ensinando técnicas que auxiliavam as pessoas a defenderem duas opiniões opostas, para que tivessem fortes argumentos a favor ou contra uma mesma opinião, a fim de sempre ganhar a discussão, dessa forma conseguiam transformar um argumento fraco em um argumento forte e vice-versa. Percebemos assim que os sofistas eram mestres na arte da persuasão.
Mediante salários (ou seja, cobravam pelo ensino), eles ensinavam a quem pudesse pagar, sobre qualquer coisa, dizendo serem portadores de um saber universal. Mas na prática, ensinavam como contestar o seu adversário, não se preocupando com a relação que as palavras tinham com as coisas, articulando-as conforme as necessidades do debate para convencer e derrotar seu oponente a qualquer custo. Eles não ensinavam em um determinado local, eram conferencistas itinerantes, viajando constantemente. São famosos e numerosos os sofistas que atuaram na Grécia antiga, podemos citar Híppias, Antístenes, Trasímaco, Isócrates, Pródico, homens que inventaram certo modo de viver numa política que defendia leis iguais para todos os cidadãos. No entanto, podemos destacar dois dos maiores sofistas de todos os tempos: Górgias e Protágoras. Protágoras é conhecido como o primeiro sofista. Era um homem culto e bem sucedido. Este eminente orador dizia que