Trabalho

– Mel! – Melissa apertou pause no controle do seu videogame, olhou o seu relógio e voltou a jogar.. – MEL, VOCÊ NÃO PODE ME IGNORAR. – De acordo com minhas leis, eu posso ignorar qualquer um depois das três da manhã. E a não ser que meu relógio exageradamente adiantado, ja passou das três. – Mel, eu tô congelando aqui fora… – Acho que não entendi como isso é culpa minha. Aliás, a não ser que todos os aparelhos eletronicos da minha casa estejam quebrados, ta fazendo dezesseis graus, você não ta congelando. – Eu comprei café. Catarina esperou alguns segundos, e, como esperado, a porta abriu. Ela entrou no apartamento familiar. Estava tudo estranhamente no mesmo lugar que estava quando Catarina foi visitar Mel pela última vez, talvez porque isso fazia, mais ou menos, trinta e duas horas. Tudo tão inexplicavelmente bagunçado e arrumado ao mesmo tempo. Não existe realmente uma parede entre a cozinha e a sala, na verdade, a sala era um quarto, porque Mel colocou uma cama no lugar do sofá e usou onde era pra ser o quarto para fazer um escritório, o que deixava o apartamento estranho e aconchegante. Ao lado cama tinha um guarda roupa/cômoda, e a TV fica estrategicamente localizada pra se poder assistir de praticamente qualquer posição. – Você é tão facilmente manipulável. – Catarina disse. – Pelo menos eu tenho café. – Mel riu. – Eu preciso da sua ajuda. Tipo, pra ontem. Tenho um julgamento semana que vem e tem essa peça que simplesmente não se encaixa em lugar nenhum do meu quebra-cabeça. – Cat, eu tenho certeza que você ainda precisaria da minha ajuda daqui algumas horas. Precisava mesmo me acordar essa hora? ­– Cat deitou na cama e começou a folhear os papéis do seu caso. – Você não me deixou terminar. Eu preciso da sua ajuda, e tava com saudade. – Disse Cat em um tom extremamente convencível, mas não tão convencível para Mel acreditar. – Você devia compartilhar sua