TRABALHO MICRO Rela o entre a carga tribut ria e a elasticidade

1- Os preços dos remédios poderão ficar mais caros para o consumidor brasileiro. A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamento (CMED) autorizou um reajuste de no máximo 7,7% no valor dos medicamentos para as empresas fabricantes. A regulamentação é válida para mais de 9000 medicamentos e os ajustes são autorizados em três níveis diferentes, de acordo com o perfil dos produtos. O critério para o nível do reajustes é a participação do medicamento no mercado farmacêutico. Portanto, os produtos com uma maior concorrência possuem um reajuste autorizado maior. O objetivo do trabalho é relacionar o alto índice de impostos sobre os remédios com o caráter da elasticidade do produto. E assim, explicar as elevadas cargas tributárias, 34%, segundo dados do IBPT, sobre medicamentos no Brasil.
2- Medicamentos podem ser definidos como produtos de elasticidade-preço da demanda baixa, ou seja, pouco elástica. Esses produtos são bens necessários para o consumidor, e não tem bens substitutos próximos. Então a sua sensibilidade é baixa em relação a uma variação positiva dos preços. A elasticidade baixa dos remédios indica que grandes variações de preços provocam reduções menores do que proporção da quantidade demandada. Aplicando impostos mais elevados em produtos com elasticidade baixa, a renda arrecadada da tributação pelo governo é maior. E a perda de bem estar da sociedade (peso morto do imposto) será proporcionalmente menor na alta tributação dos remédios, bens pouco elásticos, do que em produtos de alta elasticidade. Outro efeito de maiores impostos em produtos com a demanda menos elástica é a carga tributária do consumidor ser maior que a carga tributária do produtor. Enquanto em uma demanda muito elástica, a carga tributária do consumidor é menor do que a do produtor.
Gráficos: