trabalho de freire

2759 palavras 12 páginas
2. ANÁLISE CRÍTICA DA FORMA ESCOLAR

A invenção histórica da escola deu lugar ao surgimento de uma nova forma de aprender, que se tornou hegemónica, baseada numa relação social inédita, que se estabelece entre o professor e os alunos (CANÁRIO, 2005). A forma escolar, apesar de relativamente recente na história da Humanidade, naturalizou-se como sendo a única passível de promover aprendizagens, o que originou a sua extensão a práticas educativas não escolares. A forma 6 escolar introduziu e generalizou um modo de aprender em ruptura com a experiência dos aprendestes, o que rapidamente contribuiu para a desvalorização das aprendizagens resultantes da imersão em práticas sociais e profissionais. Paulo Freire ao criticar as práticas de ensino tradicional colocou em causa as principais características da forma escolar – a revelação, a cumulatividade e a exterioridade (CANÁRIO, 2005). A revelação porque o professor transmite, numa relação assimétrica, o seu saber ao aluno, a quem não é reconhecido saber. A cumulatividade porque se parte do princípio que a aprendizagem resulta de um processo de acumulação de informações, portanto, a transmissão de conteúdos disciplinares, por parte do professor, corresponderia à realização de aprendizagens pelos alunos. O processo de aprendizagem é baseado na exterioridade relativamente aos sujeitos, desse modo, os professores transmitem conteúdos previamente definidos, que não tem relação com a sua experiência e com a dos alunos. Neste caso, a memorização, a repetição, a penalização do erro e a aprendizagem de respostas tidas como certas são fundamentos que alicerçam a forma escolar.
Muitas das críticas que Paulo Freire apresenta sobre a escola referem-se a características do ensino tradicional que estão alicerçados na forma escolar. Para evidenciar a importância da sua análise crítica, vamos mencionar a denúncia das fragilidades do ensino tradicional e que podemos associar aos três domínios

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