trab idoso
Introdução
A sociedade brasileira ainda não equacionou satisfatoriamente a situação social do idoso, uma vez que a realidade em que este se encontra revela que as mínimas condições de sobrevivência nem sempre lhe são garantidas. Percebe-se que nesta realidade grande parte da população idosa sofre com estereótipos da velhice e problemas sociais.
Muitas pessoas de 60 anos ou mais lutaram por muito tempo por respeito e dignidade, por um salário justo e melhores condições de vida. Mas, o que se observa, é que o preconceito aliado à marginalização social e econômica faz com que o idoso transite num espaço restrito, sem grandes possibilidades aparentes de mudança.
Uma pessoa que passou 60 anos na pobreza, sem condições mínimas de sobrevivência, projeta na terceira idade a possibilidade de talvez conquistar um espaço ou ao menos o reconhecimento pelo que produziu durante sua trajetória. Todavia, este idoso encontra novas dificuldades, pois além de todas as questões presentes em sua vida, ainda precisa superar preconceitos por ser velho e ser considerado inútil e incapaz, enfim, um peso para a sociedade.
A sociologia do envelhecimento pressupõe uma análise do idoso, enquanto sujeito que tem papéis sociais e inserido neste contexto, pode se constituir como um ator social, capaz de lutar pelos seus direitos e mobilizar-se em favor do seu reconhecimento e melhores condições de vida.
Neste sentido, o presente artigo objetiva uma discussão sobre o idoso enquanto um novo ator social, percebendo sua identidade, como também seu espaço e suas relações sociais.
ASPECTOS SOCIAIS DA VELHICE
O envelhecimento humano não pode ser apenas considerado pela idade, é necessário também ter uma percepção de vários outros aspectos, dentre os quais se destaca neste capítulo o caráter social acerca da velhice.
A sociedade impõe imperativos de produção, agilidade e modernidade. O idoso, por