Tlon

711 palavras 3 páginas
Tlön, Uqbar, Orbis Tertius é um conto do escritor argentino Jorge Luis Borges. A história foi publicada pela primeira vez no jornal argentino Sur, em maio de 1940. O apêndice datado em 1947 é um anacronismo intencional, sete anos no futuro.
Na história, um artigo enciclopédico sobre um enigmático pais chamado Uqbar é a primeira indicação sobre Orbis Tertius, uma gigantesca conspiração de intelectuais para imaginar (e possivelmente criar) um mundo: Tlön.
Temas filosóficos
Através da fantasia ou ficção especulativa, a história divertidamente explora muitas questões e temas filosóficos. Estes incluem, acima de tudo, um esforço de Borges para imaginar um mundo (Tlön) onde o idealismo filosófico oitocentista de George Berkeley é visto como senso comum e a "doutrina do materialismo" é considerada uma heresia, um escândalo, e um paradoxo. Ao descrever as linguagens de Tlön, a história também brinca com a questão epistemológica de como a linguagem influencia quais pensamentos são possíveis. A história também contém várias metáforas sobre o modo como as ideias influenciam a realidade. Este último tema é primeiramente explorado inteligentemente pela descrição de objetos físicos sendo determinados a existir pela força da imaginação, mas depois retornando à obscuridade, como fascinação com a ideia de Tlön começar a distrair as pessoas para tomarem adqueada atenção à realidade da terra.
Muito da história relaciona-se com o idealismo filosófico de George Berkeley, que questionou se é possível dizer que uma coisa existe se não é percebida. Berkeley, um bispo anglicano, resolveu a questão dizendo que a percepção onipresente de Deus assegura que objetos continuem a existir fora da percepção pessoal ou humana. A filosofia de Berkeley privilegia as percepções sobre qualquer noção da "coisa em si". Immanuel Kant acusou Berkeley de ir tão longe a ponto de negar a realidade objetiva.
No mundo imaginário de Tlön, um exagerado idealismo berkeleyano sem Deus passa por senso comum.

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