THOMÉ
Classificação de fissura palatina:
Várias são as classificações utilizadas pelos profissionais, mais a mais utilizada é a de SPINA et al. (1972). Esta classificação utiliza como ponto de referência o forame incisivo, limite entre palato primário e o secundário (pró-lábio, pré-maxilar e septo cartilaginoso).
Diagnóstico de fissura:
O diagnóstico da FL foi realizado predominantemente no exame pré-natal, e o da FP, na maternidade e após a alta hospitalar (p = 0,007). Entre casos detectados na maternidade e após a alta, neste último período, o diagnóstico foi quase que exclusivamente de FP (p < 0,0001).
No que se refere à época do diagnóstico em cada região, o diagnóstico de FOT na maternidade ocorreu em 81,8% (90) dos casos da Região Sul, em 74,4% (43) da Região Nordeste e em 61,7% (29) da Região Sudeste (Tabela 3). Ao se relacionar a época do diagnóstico com as regiões, houve diferença significativa (p = 0,005). O diagnóstico pré-natal foi significativamente mais realizado na Região Sudeste, e na maternidade, no Nordeste (p = 0,007). Não houve diferença significante (p = 0,094) ao se relacionar o diagnóstico na maternidade e após a alta hospitalar entre as diferentes regiões.
Alimentação de criança com fissura palatina:
Os objetivos a serem alcançados na alimentação de um bebê com fissura palatina são os mesmos de um bebê normal. A primeira prioridade está relacionada à manutenção da nutrição, pois dela depende a sua sobrevivência. A segunda relaciona-se na busca de uma técnica de alimentação que se aproxime o máximo possível do normal. Esta técnica deve permitir a estimulação da região bucal, pois, segundo Morres em 1982, estes movimentos facilitam o desenvolvimento motor oral. (ALTAMANN et al., 1997)
Paradise & MC WILLIANS (1974) afirmam que as dificuldades de sucção e deglutição muitas vezes podem levar ao agravamento do estado nutricional da criança fissurada, devida à incapacidade ou insuficiência da sucção e problemas